Escrevendo fora da faculdade
sábado, 9 de junho de 2018
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
No final o que importa é o cheiro do pescoço
Uma vez assisti uma série sobre relacionamentos e a frase que me marcou foi: "no final o que conta é o cheiro do pescoço". Para mim aquilo nunca foi tão real até o dia em que me tornei refém do cheiro teu.
Somente então percebi que não importa qualquer bilhão de qualidade que a pessoa possa ter, não adianta ser somente legal, somente bom... É o cangote que se torna uma espécie de tensiômetro. É ele quem diz que todo o resto vai ser legal, vai valer a pena.
Um bom pescoço que te faz refém, te faz querer escrever um poema sobre ele, te faz sorrir sozinho nos lugares mais inusitados, cria em você uma memória olfativa, te faz querer outra vez.
Quando o cheiro do pescoço é bom, o toque é bom, o grunhido é delicioso, o suspiro é mágico.
Esse mesmo pescoço te faz ter vontade de aquecer os pés dessa pessoa, te faz querer dormir agarradinho a noite toda, te faz mergulhar num olhar, e se sentir em casa numa terra estrangeira.
E eu não estou falando de perfume. Não, perfume é outra coisa, é apenas uma muleta, um suporte, é somente uma aura divertida que fica pairando por ali. Eu tô falando de pele, do cheiro particular que cada um tem.
Sempre exaltei as funções dos sentidos, eles são perversamente perfeitos. Tanto falo do olfato e ele anda de mãos dadas com o paladar e... Ah o sabor! Os sabores! Teus gostos. Teu cheiro entrou em acordo tácito com teu sabor pra me ensinar gentilmente que o sal do suor é diferente do sal das lágrimas e o sal do gozo se renova no turbilhão de emoção.
E sempre que te vejo de lá pra cá, com tamanho despreendimento de roupas, me encanta te admirar. Meus olhos te seguem ao mesmo tempo ávidos e em paz. Aprendi a me despir por tua causa, porque tornas tudo tão leve e natural.
Adoro ver-te livre, quando dormes tranquilamente sem nenhum adereço, apenas tua pele sobre a cama, despretensiosa, desprendida de pudor, apenas ali, repousando, em plena tranquilidade. Então sem qualquer orgulho, tu juntas teu corpo ao meu, apenas para descansar e tudo como numa perfeita engrenagem começa a se conectar; tua pele e a minha se cumprimentam, se conversam, se unem de uma forma muito natural, os cheiros se misturam, os olhos se fecham e os corações passam a bater na mesma sintonia.
E assim eu fico escutando a tua respiração, cadenciada, sabendo que não haveria nenhum outro lugar melhor para se estar.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
SERÁ QUE ELA É?
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
COMECE POR AQUI
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Os meus anos 90
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
TERMINE ESTE LIVRO
sábado, 13 de setembro de 2014
DOIS EM UM - Alice Ruiz
Alice Ruiz nos faz pensar que também podemos ser bons, nos convence a cada página que existe em algum lugar dentro de nós um poeta louco pra respirar e passear na sua “nuvem feliz”.